terça-feira, 26 de novembro de 2013

Movimentos e expressões juvenis da atualidade


De maneira diferente das iniciativas que mobilizaram os jovens militantes na década de 60, os jovens atuais buscam novas formas de aglutinação, participação e expressão. A nova geração não parece concentrar suas preocupações em mudar o mundo, pelo menos nos moldes da geração anterior; suas preocupações se dirigem para lutas imediatas, buscando sentir o prazer de cada conquista. É a geração que alimenta suas expectativas no meio de sucessivas desilusões da apregoada transição democrática, geração que desconhece o exílio, a perseguição, a participação clandestina, a morte por motivos políticos. 

Mesmo assim, neste período, percebe-se que, pelo menos em momentos, a rebeldia, a criatividade, a espontaneidade volta às ruas e expressão sua irreverência e combatividade.

Depois disso as principais expressões juvenis se deslocam para fora das universidades e o movimento estudantil perde a centralidade das mobilizações juvenis. 
Hoje, são redes de diferentes grupos, dispersos, esporádicos, permanentes, ou transitórios que se encontram em vários ambientes para resolver problemas específicos, que herdam o sentimento de justiça das gerações anteriores: duvidam, buscam, questionam, afirmam, contestam. 
Muitos grupos e/ou organizações se reúnem em torno das manifestações culturais: da música popular, hip-hop, rock, folclore; das pastorais ou movimentos juvenis eclesiais; das juventudes partidárias, das organizações, de bairros e sindicais.Sentem-se convocados também pelos temas: meio ambiente,ecologia, sexualidade, entre outros. É também frequente a valorização do lado gratuito das relações, das emoções, dos afetos.

Os grupos de teatro popular, de danças, de capoeira, os diversos projetos que agrupam jovens a partir de iniciativas de ONGs, a diversidade de agrupamentos de jovens em torno da vivencia espiritual e religiosa, as varias iniciativas da ação coletiva de estudantes em escolas publicas e privadas, as expressões especificas de jovens no interior das organizações e movimentos sociais, como o movimento dos trabalhadores sem terra e de outras entidades de camponeses, das mulheres, da moradia popular , dos negros, dos homossexuais, das organizações de bairros, das entidades estudantis, dos partidos políticos, todos esses projetos, movimentos e ações demonstram que uma nova esperança esta se realizando.Não se pode afirmar que as atuais formas de organização imobilização são menos politizadas do que as do passado, mas que a forma de fazer política atualmente, bem como o contexto sócio-político, são bastante distintos. Nesse sentindo, as recentes articulações em torno da participação juvenil nas políticas publicas, transformando situações de necessidades, iniciativas particulares e localizadas, em políticas universais- inclusive criando instrumentos de ação política, para a realização de tais ações, como as Conferências de políticas para juventudes, e os Conselhos Municipais e Estaduais com representação dos governos e dos vários seguimentos sociais que representam e/ou trabalho com jovens- são exemplos claros desta afirmação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário